14.4.05

GENTE COMO A GENTE



veja bem. os lacônicos espartanos perdiam a vida mas não a chance de dar uma de durões - aliás como muita gente aí inclusive eu. já tive desses arroubos de retrucar 'vem!' que renderam umas coturnadas na costela e para a mãe o clássico 'tropecei na escada e a cara na porta', mas isso faz muito tempo. a porta na cara é coisa que nunca. sei a hora de sair de cena. talvez erre o timing mas é por pouco. sim, a última a ir embora; mas vou. e de tanto ir aprendi a ficar. o que é bom até, às vezes. se marco polo voltou dos paraísos de onde nascem rios de leite e de mel e de vinho imagina eu; voltou ele, o pai e os irmãos. e a mãe? é, estou me repetindo. chegou um vírus mortal por engano mas o Verme Gigante do Salmão incomoda mais. morrer de influenza, bah, que coisa demodè. datada. você pode se lembrar do passado mas não do futuro. será? eu particularmente não lembro de nada, por isso escrevo. no papel, no post it, no braço. aqui. ele descobre o segredo do universo mas confessa que a mente da mulher é mais obscura que um buraco negro. que é um canto do espaço de onde nada vai embora nem volta, nem mesmo a luz. ficam as coisas todas lá, acontecendo. e daí eu também pergunto: mãe, por que é que acontece tudo?

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