27.1.14

Onde a dor não tem razão



São Paulo, aniversário da cidade >> 01 (hum) MANIFESTANTE com potencial destrutivo moderado, portando um estilingue e quatro pacotes de bolinhas de gude sendo ESPANCADO > por 50 fãs do PAULINHO DA VIOLA, incluindo > 1 agressor que dava bordoadas com um par de MULETAS > 4 seguranças ligeiramente incompetentes tentando proteger o desgraçado da turba de cidadãos DE BEM repentinamente REVOLTADOS > sendo observados por uma MULTIDÃO e mais > dezenas de integrantes da guarda municipal que só não estavam em menor número do que > o ENXAME de fotógrafos e videomakers que captava a cena, sem se abalar. "NINGUÉM vai estragar a nossa festa. Se esses caras voltarem aqui, vamos dar PORRADA".




p.s.: pra assistir ouvindo:

25.1.14

a melhor cidade


leia na minha camisa: i love you

sabe na paulista, perto da brigadeiro luis antônio, tem um predinho com tijolos vazados amarelos - não sei explicar bem os tijolos, são de uma época, x. quando você passar por eles vai reconhecer.
eu tinha acho uns sete anos, tinha acabado de chegar no brasil
estávamos meio de favor aqui e ali, não lembro bem onde, mas era nessa área - comprávamos coisas pro café da manhã no jumbo eletro e saíamos pra andar
eu sempre usava umas camisetas brancas do meu pai como vestido
com um cinto vermelho de verniz
e lembro do sol da manhã batendo no rosto, na paulista
(o sol nas bancas de revista)
de olhar pra cima, pensando 'UAU'.
'a melhor cidade, a melhor cidade'
não sei da primeira vez que ouvi essa música;
mas lembro desse momento, de ter sete anos e ter entendido tudo:
do sorvete, da lanchonete, do azul
da paz da cidade, da MELHOR cidade
dos tijolos amarelos e o sol batendo nos carros, a gasolina
e a camisa, e a cidade
a melhor cidade da américa do sul


[publicado originalmente aqui]

16.1.14

hungarians do it better


1938 : Hungarian Folk Dancers (Czardas)