30.5.09

A prática da paciência


“Um fiel foi ao templo e, ao final de suas preces, pediu a seu Mestre que lhe desse mais paciência. E saiu, confiante de que seu pedido seria acatado. Mas eis que, sem entender por que, sua vida se tornou um loucura; era uma provação atrás da outra. Depois de alguns dias, cansado, retornou ao templo e, aos pés do Guru, desabafou:

– Afinal de contas, eu vim aqui para pedir paciência, e foi só sair do templo que minha vida se tornou um inferno.
Ao que seu Mestre lhe respondeu:
– Mas como você deseja obter paciência sem ter como praticar?”.

[Coluna Caminhos da Prática, por Isabela Fortes - Prana Yoga Journal #26]

19.5.09

above us


[aconchego]

only sky


[liberdade]

10.5.09

WHERE WERE YOU WHILE WE WERE GETTING HIGH?

@liamgallagher: 'SP, wasn't feeling too good last night, got a bit of the flu, you lot were beautiful as always, take care, see you soon'

Apesar da gripe de Liam Gallagher, do mau tempo e do preço dos ingressos, o evento superou expectativas. Das filas e tumulto que marcaram o festival Just a Fest, que trouxe o Radiohead em março, não se viu nem sinal. Entrada e saída da Arena Anhembi fluíram bem e a forte chuva, que castigou a platéia durante a apresentação do Cachorro Grande, parou minutos antes do das 22h, horário em que a banda Oasis - com pontualidade britânica - subiu ao palco.

Empolgação não é exatamente uma qualidade que deve ser esperada de uma banda inglesa, e o Oasis não poderia ser diferente: Liam mal tirou a mão do bolso, quando muito para segurar a meia-lua - e pouco tocar; e Noel Gallagher não é mesmo de muitos sorrisos. Ainda assim, falaram bastante com o público, Liam posou para fotos, em um misto de convencimento e simpatia, jogou o instrumento pra platéia, fez coraçãozinho com as mãos (!) e Noel chegou a mandar beijinhos para a platéia (!).

Apenas uma ocorrência ameaçou estragar o humor dos músicos, quando arremessaram pequenos objetos em direção ao palco: "Se vocês continuarem a atirar coisas no palco, nós vamos sair. É sério."

Sem grandes surpresas em relação às apresentações anteriores da turnê, o setlist equilibrou canções do mais recente álbum, Dig out your soul, com antigos sucessos como "Don’t look back in anger" e "The masterplan", em um show de rock direto e sem firulas visuais. No meio da platéia, um apelo: "Please, don't play 'Live forever'"; provocação, pedido sincero ou tentativa de conseguir o contrário? Liam limitou-se a apontar para a faixa e fazer um sinal de negativo com a mão. E não tocaram.

Assim como todos nós, Noel se perguntava: "O que há com o Oasis e com São Paulo? Sempre que tocamos aqui chove". Mas, ao contrário da chuva torrencial do começo ao fim do show em 2006, o tempo ficou estável, as nuvens se dispersaram e a lua cheia apareceu logo nos primeiros acordes de "Wonderwall". Momento mágico - digno da banda que encerrou com "I am the Walrus", cover dos Beatles (em apropriação tão justificada que poderia dizer-se que a música é deles), da trilha de Magical Mystery Tour.

Desta vez, o tempo abriu.