"Eu sabia onde todos moravam. Eu os conhecia muito bem, jogavam futebol. Que coisa horrível. Eu conhecia estas pessoas. Onde estão?" As pessoas com quem Eloucia S. Richard está tão preocupada infelizmente estão mortas. Sim, há muito tempo sua ausência foi chorada. Mas onde elas estão? Longe. Em Lousiania, ondas de até 6 metros causadas por furacões levaram tumbas, caixões e túmulos de concreto por quilômetros até pararem em quintais, campos e pântanos. E a pobre senhora não sabe, agora, onde eles estão. E se pergunta, só agora: 'onde eles estão'? Aparentemente a Sra. Richard sabia mesmo onde eles estavam: "lá". Não mais vivos, porém. Deitados sem alma, se decompondo, sendo comidos pelos vermes. Mas ao alcance de uma visita, então é irrelevante se vivos ou mortos, lá estavam, eles.
Mas agora centenas de corpos, dentro e fora dos caixões, não mais ficam. Pelo contrário, andam vagando inertes por ai. Caixões são encontrados diariamente, às vezes em árvores. Esqueletos expostos foram resgatados do meio de estátuas de Jesus e Maria. Figuras de mármore com asas partidas jaziam em gramados arrasados, em meio a lápides tombadas. "Há muitos. É muito perturbador para muitas famílias que querem seus entes queridos. Muito perturbador."
(As famílias podem ficar tranquilas; a Disaster Mortuary Operational Response Team Dmort está ajudando a encontrar e identificar seus entes queridos usando veículos anfíbios, hovercrafts e helicópteros.)
"Se você não sabe de onde vem, você não sabe para onde vai", filosofou o diretor médico de emergência. "Os cemitérios são muito importantes para as pessoas no Sul. Nós cuidamos de nossos mortos. Nestes cemitérios elas encontram suas lembranças e suas infâncias. É importante lhes devolver suas mães, pais e avós." É, ele tem razão. Larry M. Aisola, um advogado de 32 anos, gostaria de saber onde estão sua mãe, avó e avô falecidos. "Eles precisam voltar", disse. "O problema é descobrir como colocá-los juntos novamente."
É, sim, mas ei, sr. advogado: isso definitivamente não é problema seu.
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