20.9.05

COMEÇA ASSIM (PRA ENTENDER)

William Turner

finjam que eu não estou aqui (até porque realmente não estou, ok); os anos começam, um atrás do outro, e a cada dia um, e assim vai e vai. (¿quando começará o seu, hm?) vive-se, no entanto, e a única coisa importante é o-saber. não do jeito que todos, sabem. mas uma coisa assim flutuante, um entender vago que não se configura, mas simplesmente o é. daí você pega e não diz; e é como o ar em ondas sobre asfalto quente, como a pele do mar: é assim que as palavras ficam. (então olha-se de soslaio, ou não se vê. como o sol), e tudo fica bem assim, e ponto. ou, por outro lado: alguma frase mudou seu rumo todo? o meu, umas duas ou três. e eu agradeço, sempre que o sei. porque é tão bom. é como abrir o olho e não ter sono mais (como era mesmo isso, alguém me diz?). e assim, de olho aberto e desperto, agir e ser. bem e bastante. então de nada vale dizer não saiba, não lembre, tudo vem junto assim, não adianta. (¿de onde saem as coisas todas que me fazem rir? são tantas). daí que sim, tem que saber ir, e voltar, e deixar ir, e assim ser leve e constante; ser o vento e a rocha e o mar. ou o saber-se navio, mas. permitir-se ficar. 

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