30.9.10

É permitido pixar?

Afinal, pode ou não pode?

"O que realmente queremos incluir na presente edição da Bienal é a pixação, ou simplesmente o pixo, com 'x' mesmo, grafia usada por seus praticantes para diferenciar o que fazem hoje em São Paulo das pichações político-partidárias, religiosas, musicais, ou mesmo ligadas à propaganda que há vários anos enchem os muros e paredes da cidade, a despeito do quão 'limpa' ela queira apresentar-se. E queremos incluí-lo porque achamos que o pixo borra e questiona os limites usuais que separam o que é arte e o que é política."

[Moacir dos Anjos, curador da Bienal, 25/04/2010]

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Um homem cortou a rede que protege o trabalho e escreveu "liberte os urubu". Houve discussão com os seguranças e um grupo de oito pessoas foi encaminhado para a 36ª Delegacia de São Paulo. (...) A rede de proteção já foi reparada e os dizeres serão limpos. Em nota divulgada à noite, a Fundação Bienal de São Paulo lamentou o episódio e disse "repudiar episódios de vandalismo e violência" como o ocorrido.

[Obra polêmica com urubus dentro da Bienal é alvo de pichação, 25/08/2010]

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A curadoria queria incluir a pixação nessa edição da Bienal; para tanto 'reservou um espaço para a pixacao'; mas vejamos:

1) se pixação é transgressao e vandalismo - como eles se definem, logo 'o lugar deles' é onde NÃO querem q eles pixem;

2) o pixador da obra de Nuno Ramos entrou na Bienal com crachá de artista. Se pixador = artista, o esperado é q eles PIXEM, portanto,

Cara Fundação Bienal de Artes de SP: Pixo é vandalismo. Vandalismo é violência. A estranha relação entre arte e vandalismo é algo que os pessoal da Bienal poderia ter aprendido esse ano. Infelizmente não foi dessa vez.

[Às portas da Bienal, "pixo" busca modelo de negócio no mercado de arte]

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