Quando eu era criança e minha família, católica, a Páscoa era uma espécie de anti-Natal: lembrávamos da morte de Jesus e seu martírio e nos abstínhamos de carne pois estávamos praticamente de luto; no sábado os rapazes participavam da malhação do Judas, lembrando como devia ser o fim de traidores profanos; e finalmente, no domingo de manhã, data do renascimento de Cristo (ufa!), como recompensa por tanta culpa, luto e pesar, ganhávamos pequenos ovos de chocolate, pintados um a um pelas mãos trêmulas de uma avó italiana.
Mas tudo isso foi no século passado, né? Por essas voltas que o mundo dá, sempre na direção do mais fofo, consumível e comercialmente viável, a Páscoa hoje está mais ligada ao que parecia um símbolo periférico e pouco claro, o Coelho da Páscoa; assim como o Natal cada vez menos tem a ver com Jesus e mais com o Papai Noel.
Sendo assim, em vez de ficar lamentando a morte da bezerra, Jesus, ou de quem quer que seja, podemos mandar aproveitar a data para enviar simpáticas lembranças personalizadas para amigos e parentes - os que tiverem e-mail, claro.
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Há 21 horas
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