26.1.04

NOTIXIAS VÁRIAS DE LUGARES MUITOS

>> Paris Hilton veio, desfilou e se mandou. Vai ver que não quer ficar em um lugar onde usam a calça mais agarrada do que ela. O mais engraçado é que os organizadores da Fashion Rio, querendo hypar o evento convidam como atração internacional uma modelo e biscate que ganhou o prêmio de personalidade mais mal-vestida de 2003. Pensando bem, não é tão estranho assim...

>> BBB urgente! Rola uma desconfiança que a Juliana, aquela brasiliense mala que morou em Miami e fala quarto línguas, é na verdade, garota de programa. O assunto, que foi tratado largamente pelos portais UOL e Terra, foi solenemente ignorado pelo site oficial do programa.

>> Sim, a Antonella vai sair na próxima Playboy, provavelmente durante seu confinamento. Hoje mesmo passava um vídeo dela no programa do Otávio Mesquita. Parece o Zé Paulo, interpretado pelo Lima Duarte em Corpo Dourado - ele morria e deixava fitas gravadas com instruções que duraram toda a novela.

>> O tecladista do Jethro Tull fez uma operação para mudar de sexo, aos 66 anos. Deve ter batido tipo um 'over-flashback' de ácido. Olha o que o tóxico faz com as pessoas.

>> Por falar nisso, passou da hora de internar a Rita Lee. No mínimo, parar de dar ouvidos. Outra seqüelada.

>> Assisti ao filme Chicago pela quinta vez hoje.

...and all that jazz!!

25.1.04

A TUA MAIS COMPLETA TRADUÇÃO


Recebi este texto de várias pessoas diferentes hoje, realmente é ótimo:

Ser Paulistano
450 anos de São Paulo. Mas o que é ser um paulistano? Ou melhor o que é este ser, o paulistano? Antes de mais nada é necessário esclarecer que para ser um paulistano não é preciso ter nascido por aqui. "Navegar é preciso, ser paulistano não é preciso". Confesso-me impotente diante de tal questão.

Será que é apenas ter Rita Lee como a mais completa tradução? Verificar a deselegância discreta de nossas meninas. Ou não ver onde está a elegância sutil de Bobô? Para alguns, é morar na cidade mais rica do país, para outros, apenas na mais triste. Tão triste e feia, que chega a ser fascinante e sedutora.

É ser tão possessivo a ponto de chamar todo mundo de "meu". Dizer que semáforo é farol e que picolé é sorvete. Ou será que ser paulistano é comer um "virado" na segunda, feijoada na quarta, pedir uma pizza por telefone nas noites de sexta e preparar um churrasco aos domingos? É considerar "dois pastel e um chopps", uma verdadeira refeição. "O paulistano só é solidário no almoço" Mas existem hábitos que identificam de longe um ser paulistano - frequentar padarias, ler o "Estadão" de domingo, amar ou odiar filas, amar ou odiar o Corinthians, e jurar de pés juntos (literalmente) que mora no melhor bairro da cidade.



"O paulistano é antes de tudo um forte"
Pode ser também, fazer compras no Brás ou no Bom Retiro, frequentar os bares da Vila Madalena ou as cantinas do "Bixiga", ou mesmo levar turistas para conhecer a mais paulista das avenidas. Homenagear o seu glorioso passado italiano e varrer para debaixo do "buraco do Ademar", suas influências nordestinas. Ser paulistano é "amar o shopping center, acima de qualquer outro Deus". Enfim, ser paulistano é aturar resignado, uma porção de filhos adotivos dizerem que odeiam a cidade, mas que daqui também não saem.

É nunca ter visto um adesivo "Eu amo São Paulo", nem mesmo uma camiseta "Lembrança de Sampa"; é não mandar um cartão postal da cidade, prá quem quer que seja, nem uma única vez na vida. O paulistano não quer paz para ir à praia, apenas para trabalhar. Trabalhar duro por doze meses, e quando enfim, estiver em férias, naquele cenário dos sonhos, ser mal atendido e pensar consigo mesmo - "Em São Paulo não seria assim..."

Reinaldo Pinheiro de Pinho

20.1.04

DOOOOOOOOR



veja mais ilustrações megaphodas aqui

17.1.04

ALÉM DE VINTAGE, ELEGANTE E LONG SIZE



Morra de inveja, bi.

* valeu zé maia

15.1.04

SEUS PROBLEMAS ACABARAM

>> se varar a madrugada na frente do computador só é compatível com uma boa xícara de café, por que ela não teria uma conexão USB? (este link foi contribuição de um leitor)

>> e se as aranhas tomassem café, como sairiam suas teias?

>> toscos unidos e uniformizados

>> quer ver algo realmente tosco?? Atenção: é bem degradante. Não diga que não avisei.

13.1.04

[O prometido newsletter da The Face não chegou, mas dou meus pitacos assim mesmo]

DATANDO... - músicos ultra pop nos Estados Unidos que chegam aqui como novidade cool;
- shows de hip hop com artistas gangsta mal-humorados, mas com um público que vai de jiujitseiros folgados até a filha patricinha do governador;
- artistas considerados a salvação da lavoura: a esperança da MPB, a ressurreição do rock e por ai vai.
- ser vítima da moda musical

TRÈS CHIC
- ter um estilo musical próprio e definido, nao ser tão 'eclético'. Isso é muito demodê, tipo virou resposta pronta de modelo submergente.

PS: Maria Rita, cadê a Ana Carolina?

9.1.04

Quando é lição de esculacho,
olhaí, sai de baixo

eu sou professor.

COMO ESCOLHER O HOMEM IDEAL

o homem pode ser escolhido do mesmo jeito que eles escolhem um carro:

1. Verifique o interior: não se iluda com o design.
2. Verifique o ano: os muito novos ainda precisam ser amaciados. Os muito rodados, além de pegar os vícios das donas anteriores, costumam dar muito problema mecânico.
3. É estável? Ou balança quando depara com qualquer curva?
4. Obedece ao comando com facilidade? É ágil ou demora a responder?
5. É muito importante verificar a alavanca de câmbio: deve ser robusta e de agradável manipulação. Faça o teste: engata com facilidade ou costuma emperrar?
6. Fuja do que é movido a álcool.
7. Evite os muitos barulhentos ou que emitem ruídos desagradáveis como roncos e escapamentos desregulados.
8. O motor mantém temperatura constante? Ou esquenta rapidinho, percorre pequena distância e morre logo em seguida?
9. Leve para um test drive.

Se o homem passou em todos estes testes e lhe agrada, lembre-se: Antes de adquirir, faça um contrato de locação e use-o por um ou dois meses. Nesse período você ainda pode ter surpresas desagradáveis...

* um oferecimento "Spams da Catarina" - franquia dos já tradicionais "Spams do Jarbinhas"

TEMPOS MODERNOS

Eduardo Suplicy finalmente viu sancionada sua lei de renda mínima e lascou um beijo no papai lula noel. Será que a Marta agora vai vê-lo com outros olhos? Já teria se cansado do charme desgastado do franco Gardel Gardenal e seus clichês à beira-mar...?



- "Play it again Sam"
- Não foi isso que ele disse.
- Como?
- A frase certa é "Play it, Sam", Luis. "You played it for her, you can play it for me."
- Ahn.

A lua está cheia. O Guarujá também.
Não se fazem mais romances como antigamente.
Nem heróis, nem vilões, nem mocinhas.

Nem pianistas, se querem saber.

6.1.04

POR FALAR NISSO

Iarinha, flor da Bahia, São Paulo sente sua falta. Isso aqui está muito paradão... (bom, imagina ai)

TOSCA, FOFA E REFINADA

Assinei a newsletter semanal da The Face, por email. Aguardem dicas indispensáveis de estilo, cultura e os fundamentais Up & Down. Não saia de casa sem nos consultar.

pra nao dizer que é só tosqueira:

FINESSE & FISSURA

melindre da língua
fetiche do meu verso que aflora
minha finesse que finda
minha delicatesse que mingua
minha fissura que implora


Poema extraído do livro FINESSE E FISSURA
Ed. Brasiliense, SP, 1984

INTERROMPEMOS NOSSA PROGRAMAÇÃO PARA UM COMUNICADO DA MAIOR IMPORTÂNCIA



Mônica Belucci, porque você não VAI SE FODER?

[fico muito puta com essa má distribuição de beleza no mundo]

5.1.04

SIM, A ESQUIZOFASIA É ABIMONISTA, MAS...

O que é o Abimonismo?
(publicado originalmente no Faker Fakir)

por Bruno Torturra Nogueira*

A palavra surgiu antes. Guilherme Garbato, tecladista, saxofonista e pintor surrealista da banda Os Abimonistas, a cuspiu brincando, todo prepotente, supondo o termo que os críticos usariam para definir o que fazíamos naqueles tempos, há uns cinco anos. Anotamos a palavra. Meses depois, banda montada, o nome foi inevitável. Criava o tipo de estranhamento e curiosodade que queríamos, que resumia sem sentido algum as besteiras que cantávamos. Abimonismo não existia, portanto significaria qualquer coisa que a gente tivesse vontade de fazer. Babaquice, como se nota, e ingenuidade.

Com o tempo, nossas músicas e letras começaram a se alinhar dentro de temas e visões mais uniformes. Famílias disfuncionais, conformismo patológico, crenças estúpidas, sofismas existenciais e perversões ausentes de culpa. E com o tempo o Abimonismo foi sugando toda o sentimento de fé que vagava perdido em nossas almas atéias. Começou a pregação e o tom religioso para manifestar nossa nova fé, ainda sem alvo, mas com um nome.

Várias explicações surgiram, forçosamente complicadas e sempre insatisfatórias. Mas, ao terminarmos nosso CD, Só o Abimonismo Salva, percebemos melhor do que se tratava. Em nossas letras nada é realmente sério, nem as coisas mais graves e sagradas. A família não funciona, o ser humano é tosco, Deus é esclerosado, o amor é brega.

O abimonismo, no fim das contas, é a inabalável fé na descrença. E de tão descrentes, não levamos nem o abimonismo a sério. E, ainda sem muita definição ou conceitos, o Abimonismo toma forma em nossos corações, e nos corações de quem abimoniza-se, quando sentimos que a devoção praticante a nada parece ser o caminho mais certo nesse mundo tão alegre, bobo e miserável. E, insisto, não levem isso a sério. Seria uma verdadeira heresia.

*Bruno Torturra Nogueira é vocalista do Os Abimonistas