25.11.10

So different and so new



This magic moment
So different and so new
Was like any other
Until I met you
And then it happened
It took me by suprise
I knew that you felt it too
I could see it by the look in your eyes

Sweeter than wine
Softer than a summer's night
Everything I want, I have
Whenever I hold you tight

This magic moment,
While your lips are close to mine,
Will last forever,
Forever, 'til the end of time

So why won't you dance with me?
Why won't you dance with me?

This magic moment
So different and so new
Was like any other
Until I met you

And then it happened
It took me by suprise
I knew that you felt it too
I could see it by the look in your eyes

Sweeter than wine
Softer than a summer's night
Everything I want, I have
Whenever I hold you tight

17.11.10

Milonga sentimental



hoje já faz um ano. foi assim, sem despedida, sem muito choro, sem explicação, sem nem mais tocar muito no assunto. era quase que esperado, implicitamente sabido, uma doença abstrata, inominável, indefinida; uma fuga do hospital que de tão cinematográfica parecia mais uma daquelas histórias levemente inverídicas com as quais estávamos todos acostumados. mas também estávamos mais que acostumados com seus freqüentes períodos de fraqueza, de recolhimento, semanas de isolamento e recuperação; e com seu habitual retorno à vida, à cidade, ao trabalho. e por aqui, sempre gritando ó de casa, trazendo presentes de rodoviária, revistas, cigarros. e por isso foi tão estranho receber a notícia, no meio da noite, que seu coração não batia mais.

tipo: ué.

[lentamente as coisas vão voltando pros lugares, os perfis de orkut vão perdendo o *luto*, a gente passa a se acostumar com a ausência, a não telefonar em fevereiro nem no dia dos pais nem no natal, nem pra comentar as agitações políticas e culturais e os sinais do fim do mundo, a não contar com ele nas festas em família, e o mais difícil, a viver sem seus conselhos - e não foram poucos os que precisaríamos este ano; e também passamos a ver que a família vai se virando bem e que afinal de contas, estamos relativamente bem encaminhados.]

mas eu fiquei um ano simplesmente sem saber o que dizer sobre isso.

[tristeza é obviedade. saudade é redundância.]

e foi um de seus velhos amigos, de um dos mais antigos que eu me lembro, aquele das partidas de pôquer semanais na cozinha de la abuela, que deixou comentado em uma foto no facebook exatamente aquilo que eu diria se pudesse, em uma última mensagem:

Te moriste, pelotudo

sem uma tradução razoável,
diz muito de como é ser o que somos;
argentinos.
pelotudos.

13.11.10

a última viagem







Já tem quase um ano e só agora me animei a postar esse desenho. Ele faz parte do projeto Cadernos de Viagem* e retrata a viagem que fiz à Minas Gerais em novembro passado, para o enterro do meu pai. Posso dizer sem sombra de dúvida que, apesar de simples, foi o desenho mais difícil que eu fiz.

* * *

[Cadernos de Viagem é um projeto de sketchbooks itinerantes. São 110 artistas de diferentes cidades, com um tema em comum. A organização é da IdeaFixa : http://www.ideafixa.com]