![kozyndan](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9-88Aphsic4mUOAWHH0c3fLiqts1QUqcewRVyIJ3t1F5g4NYiPY6EvcWmmViIQ7J2-pka5l92BMJSiHs8PvJfVHzWzhMF-l_HLICWoOvsbu94Gh2G3vufzbY9BrAowwTl69Fq/s400/kozyndan-show.jpg)
, e no entanto, nada igual. desfolha-se a brisa - qual noite entreaberta; bandeiras ao tempo, suspiros em lá. a lua cheia encoberta. nosso movimento (órbitas sem centro) sussurra um alento espalhado no ar. aprendo a amar, sim, esse momento, como todos os outros ou, ainda mais. (há quanto tempo foi, tudo? quanto tempo ainda virá?) as coisas e seus valores: panos, lenços, aventais; lençóis, chegadas, partidas, quase-idas, vai-vens e ai-não-dá. (ah, dai-nos tudo, é tudo nosso! é tudo en-cantos, sinais, tudo em varais coloridos - tempestade a definhar - em panos limpos, macios, desenhado em traço fino, desajeitado hai-kai, nossas coroas de flores, reis sem reino, amor sem ai. quero tudo e quero agora, quero de-novo e de-mais.) desdobra a vela e te lança, estúpida nave, vai lá, rasgando as águas noturnas e silenciosas do cais; de onde lancei-me em mim mesma, afundei sem respirar, virei peixe, água, polvo, evaporei, deixei sais. ou, delicado origami, nasça em suave desdobrar, qual camélia despencada numa noite sem luar.