"Deve ter havido alguma época na história da humanidade em que não ser idiota era uma tarefa fácil. Bastava, am, não nascer idiota ou algo assim. Não é o nosso caso. Hoje é preciso muita manutenção (...) Foursquare, Moleskine, Starbucks, stand up, elogiar campanha  publicitária, usar objetos de uso pessoal cuja logomarca ocupe mais de  5% do produto, postar fotos especificando a loja em que comprou cada  peça, sair de galera (grupos de mais de cinco pessoas), frequentar a  Casa do Saber, passar menos de seis meses em outro país e dizer que  morou no exterior, consertar o português dos outros sem olhar o próprio  rabo, falar de coisas caras com gente que não sabe ao certo como vai  pagar o aluguel etc. 
Repare que estou citando apenas coisas bem corriqueiras, bem banais  mesmo da gente fazer. Por isso digo que está fácil demais ser idiota: há  todo um time dos piores e mais metidos cérebros da nossa geração  tentando nos convencer de que a idiotice é quentinha e macia. A lama  obviamente sempre foi quentinha e macia."
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[
Preciosidades por Juliana Cunha, garota que mata por bem menos]