JOHATHAN RICHMAN tinha boas maneiras, bons amigos, todos os dentes e um emprego decente; o problema foram as influências. No caso dele, o Velvet Underground. Foi o que fez ele se mudar pra New York em 1969, passar semanas dormindo no sofá do empresário do Velvet, trabalhar de office-boy da Esquire, tentar viver de música e falir. De volta a Boston e munido da musicalidade raivosa de um office-boy frustrado, se juntou aos amigos David Robinson, Rolfe Anderson, John Felice, Jerry Harrisson e formou a banda que viria a ser a precursora do punk-rock, The Modern Lovers. A formação durou menos de dois anos, mas nesse meio tempo chegaram a gravar um disco (The Modern Lovers), produzido pelo John Cale, que só foi lançado três anos depois da banda ter acabado. Ainda assim, serviram de influências para outros músicos, tipo Violent Femmes e os Sex Pistols. Após o fim do grupo, o tecladista Jerry continuou ganhando a vida tocando numa bandinha iniciante, os Talking Heads; o baterista David integrou The Cars; e Jonathan montou uma banda completamente diferente, com outros integrantes, com a qual gravou um disco, Jonathan Richman & The Modern Lovers, em 1977. De lá pra cá, entrou em tudo que é onda (certa ou errada), de folk a versões em espanhol de seus sucessos, de country a progressivo, passando pelo clássico 'período sabático' que a muitos cai tão bem.
Mas nem todo seu currículo, vida e obra são suficientes para entender a obra-prima performática que pode ser vista no vídeo abaixo. Srs., com vocês, todo o charme, carisma e descontração de Mr. Richman:
Melhorou meu dia.
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