31.10.12

Essa é a noite do cachorro louco



Segundo uma lenda milenar, com origem em diversas culturas - celtas, gaulesas, latinas, ameríndias - a noite do 31 de outubro é a noite do ano em que a fina membrana que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos está ainda mais tênue. Para os celtas, o Samhaim era a época em que as almas dos mortos retornavam a suas casas para visitar os familiares, para buscar alimento e se aquecerem no fogo da lareira; o nevoeiro mágico se dispersava e os elfos podiam ser vistos pelos humanos. A fronteira entre o 'Outro Mundo' (Sídhe) e o mundo real desaparecia. Há relatos desse tipo de festa também nas culturas da América Central muito anteriores à chegada dos Europeus. No México, a celebração começa nessa noite e se estende até o Dia dos Mortos. Segundo a tradição, nessa data os falecidos vêm visitar seus parentes, por isso é festejada com comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos entes queridos.

A FESTA
O costume de fazer festa nessa data veio do medo de que as almas penadas aproveitassem a barreira frouxa pra fazer uma farra, vindo a se encostar nos pobres viventes desavisados. A ideia era juntar o bando para se proteger, com fogo, música e barulho, muito barulho. Os antigos acreditavam que, ao se fantasiar de seres das trevas, passariam desapercebidos em meio a outras assombrações.



Desde então, a tradição juntou-se a outras, e como todas as outras festividades pagãs, foi sincretizada, aproveitada e absorvida por católicos e capitalistas, misturada, distorcida e conspurcada; e quem vai na festinha na Pink & Blue ou aproveita as ofertas de sangue falso na 25 de março não está nem de longe consciente do que representa a data ou preocupado em manter uma tradição legítima - no entanto, ainda assim está contribuindo com sua barulheira para a verdadeira função social da celebração.

Portanto, seja vestido de Jack-o'-Lantern, bruxa, vampiro ou de Curupira e Saci, o importante nesse dia é festejar: pra afastar os maus espíritos, homenagear os que já foram e comemorar que ainda estamos do lado de cá.






































Way to hell



Curtindo muito esse calorzinho gostoso, Dante

30.10.12

Um surdo-mudo não incomoda ninguém





http://signlanguagelady.tumblr.com

Eu fico olhando aquele surdo-mudo,
Tentando descobrir o que se passa
Em sua cabeça sem barulho.

A boa educação por natureza
Não lhe permite uma palavra torpe
Pra ofender seus inimigos.

Nunca ouvirá uma canção no rádio
Que fale de amor ou de tristeza.

Eu fico olhando aquele mudo surdo,
Pensando em como é atrofiada
Aquela língua sem fonemas.

Um surdo-mudo não incomoda ninguém,
É sempre desapercebido.

Não incomoda ninguém.
Não incomoda.

mordidinhas de amor


28.10.12

Sally can't dance no more


Manual de segurança no trânsito para ciclistas, anos 1940 - pra nunca mais na vida se animar a pedalar :/

#cicloativismodadepressão